Setor imobiliário de Belém e Ananindeua apresenta desaceleração no número de lançamentos e vendas

Postada em: 11/11/2021

O Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA) realizou em novembro a apresentação do 14º Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua com dados referentes ao terceiro trimestre de 2021, que demonstrou uma desaceleração no ritmo de lançamento de empreendimentos e das vendas de unidades habitacionais.

As informações do Censo envolvem os lançamentos empresariais do setor, vendas, oferta final, preço e programa de habitação como ‘Casa Verde Amarela’ (CVA), antigo ‘Minha Casa Minha Vida’ (MCMV), em ambos os municípios. Os resultados são referentes a metodologia de pesquisa em campo e técnicas específicas, que identificam as oportunidades no mercado para novos empreendimentos e o consequente atendimento a diferentes faixas de clientes.

O trimestre, que corresponde aos meses de julho, agosto e setembro, apresentou 31 unidades lançadas, enquanto que na avaliação anterior deste ano, o quantitativo foi de 252, uma redução de 87,7%. Quando comparado ao mesmo período de 2020, em que houve 641 lançamentos, o recuo foi de 95,2%.

Já no número de vendas, nos três primeiros meses do segundo semestre de 2021, 441 unidades foram vendidas, um declínio de 14,7% em comparação a trimestre anterior, que vendeu 517 imóveis. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 595 imóveis vendidos, a redução foi de 25,9%.

O evento foi coordenado pelo presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, conduzido pelo Gestor Norte Nordeste da Brain Inteligência Estratégica (Brain), Claubert Barreto, e contou com a participação de membros da diretoria, representantes de empresas associadas, imprensa e convidados.

Durante a apresentação dos dados, os dirigentes da entidade relataram as dificuldades da legislação, a burocracia nos processos cartorários e o contexto sociopolítico, além da instabilidade que o setor sofre com alta excessiva dos materiais de construção, o desabastecimento - uma vez que os serviços e a logística, devido grande parte dos insumos não serem produzidos no Estado, superam o poder de compra da população, em que tudo ficou mais agravado desde a chegada da pandemia do novo coronavírus no País.

Mesmo diante de um cenário de instabilidade, o líder sindical patronal, Alex Carvalho, disse que o setor “ajudou a manter diversos postos de trabalho em meio a 14 milhões de desempregados e que colaborou com a economia do País”, e acredita que o setor imobiliário possa ser mais flexível com relação à carga burocrática imposta pelas atuais regras do mercado e que prejudicam as famílias que sonham com a casa própria.

A iniciativa é ligada com o projeto ‘Melhorias do Mercado Imobiliário’ realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio das Comissões da Indústria Imobiliária (CII) e de Habitação de Interesse Social (CHIS), com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A programação tem o apoio do Sistema Fiepa e da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Pará (Ademi-PA).

Por Adriano Cardoso
Assessor de Comunicação SINDUSCON PARÁ

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