Cevid orienta sobre a violência de gênero

Postada em: 06/12/2019

Ação marcou o Dia Nacional do Laço Branco

A juíza auxiliar da Cevid, Reijane de Oliveira e a pedagoga Riane Freitas durante palestra em canteiro de obras a trabalhadores da construção civil

O Dia Nacional do Laço Branco, que integra a Campanha 16 Dias de Ativismo e corresponde ao dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, foi marcado nesta sexta-feira, 6, por mais uma atividade do Projeto Mãos à Obra, desenvolvido e executado pela Coordenadoria Estadual de Mulheres em situação de Violência Doméstica (Cevid) do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), que tem à frente a vice-presidente do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), desembargadora Célia Regina Pinheiro.

A juíza auxiliar da Cevid, Reijane de Oliveira, juntamente com o promotor da Justiça do Núcleo de Violência Doméstica do Ministério Público Franklin Lobato e a pedagoga Riane Freitas, da Cevid, estiveram em um canteiro de obras e conversaram com 40 trabalhadores da construção civil, em palestra e orientação sobre a prevenção à violência doméstica e familiar e explicando sobre a o Dia do laço Branco. O projeto é executado em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA).

Promotor da Justiça do Núcleo de Violência Doméstica do Ministério Público Franklin Lobato, em palestra a operários da construção civil

Conforme explicou a juizaReijjane de Oliveira, nos casos de violência contra a mulher, a maioria dos agressores são homens. Assim, a juíza considera necessário falar sobre violência com eles, possibilitando uma reflexão sobre a questão. A magistrada explicou que a violência doméstica contra a mulher é consequência do machismo enraizado na sociedade e multiplicado culturalmente, uma vez que, conforme explicou, o espaço da casa é destinado à mulher e o espaço da rua aos homens.

Dessa maneira, a magistrada ressalta que o tratamento desigual de homens e mulheres gera no imaginário social uma ideia de superioridade do homem mediante à mulher, que se reflete nos relacionamentos, nos quais o homem é dominante e a mulher submissa. Com isso, o homem percebe a figura feminina como sua propriedade, e por isso compreende como natural agredi-la, assim como dispor de seu corpo como quiser.

“É necessário desconstruir essa cultura machista, que mata as mulheres e faz com que os homens reprimam sua afetividade, os desumaniza e tira deles a capacidade de demonstrar emoções. O machismo é que leva os homens a serem agressivos, é a cultura machista que faz os homens violentarem as mulheres, matarem as mulheres”, avalia a magistrada. Ao se defrontar com situações de violência doméstica e familiar contra a mulher, a comunidade deve intervir e denunciar as agressões, ações que podem salvar a vida de uma mulher agredida, adverte a magistrada.

Foto com trabalhadores da construção civil após palestra

Foto com trabalhadores da construção civil após palestra

 

Fonte: Coordenadoria de Imprensa TJPA

Fonte:http://www.tjpa.jus.br/PortalExterno/imprensa/noticias/Informes/1024106-cevid-orienta-sobre-a-violen

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