SALDO DE EMPREGO - Pará tem o segundo melhor resultado

Postada em: 29/07/2020

O Pará começa a dar bons sinais de recuperação no número de  postos  de emprego formal em meio à crise econômica causada pela pandemia de coronavírus (covid-19).  O  Estado apresentou o segundo melhor resultado do País com a abertura de 4.550 novos postos de trabalho em junho. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados ontem pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, mostram que o Pará já superou inclusive o número de empregos gerados no mês anterior ao primeiro caso de Covid-19 no Estado. Em fevereiro, houve a abertura de 4.168 postos, 382 a menos que o observado em junho.

O saldo positivo de junho foi influenciado principalmente pela queda de 27,32% no número de demissões, em relação ao mesmo mês de 2019. Ao todo, foram 19.802 contratações e 15.252 demissões no sexto mês deste ano no Pará. No mês de junho, o Pará iniciou a flexibilização das medidas de isolamento social proposta pelos governos estadual e municipais para conter a disseminação da covid-19. No mesmo período do ano passado, o mês também fechou no azul, no entanto, com uma geração mais tímida de novos empre gos celetistas, 1.137, saldo decorrente de 22.122 contrataçõese 20.985 desligamentos. O resultado de junho chama ainda mais atenção quando comparado com os três meses diretamente anteriores, quando  se  iniciou a pandemia. Em março, o saldo foi de 1.835 (20.815 admissões e 22.650 desligamentos); em abril foi -9.362 (10.931 contratações e 20.293 demissões); e, em maio, -2.557(13.536e16.093).

Com o bom desempenho mensal, o mercado formal do Estado, que até maio acumulava 9.446 empregos perdidos, encerrou o primeiro semestre de 2020 com a redução de 5.406 postos de trabalho - 109.826 admissões e 115.232 desligamentos. O número é quase o dobro das perdas dos seis primeiros meses de 2019: 2.855. No entanto, no ano passado, os quatro primeiros meses anotaram saldo negativo e a retomada dos empregos só  se  iniciou a partir de maio.

Em 2020, o processo foi inverso, janeiro (+58) e fe- vereiro (+3.740) anotaram desempenhos positivos, que foram completamente absorvidos pelos efeitos da pandemia que, praticamente, paralisaram a economia no Estado. Entre março e maio, o Pará perdeu 14.433 vagas formais. Se considerar apenas o "quadrimestre da pandemia", ou seja de março a junho, o saldo do Estado são de 9.883 vagas perdidas.

Construção lidera abertura de vagas

No geral, quase todos os setores de atividade econômica do Pará fecharam o mês de junho com saldo positivo. O destaque foi a Construção Civil, com geração mensal de 2.274 novos postos de trabalho, decorrente da admissão de 4.897 trabalhadores e demissão de 2.623. Esse foi o primeiro saldo positivo do setor da construção do ano e recupera, com sobra, as perdas acumuladas ao longo dos três meses de pandemia (-1.935 postos).

Também mostram sinais de recuperação com saldo elevado de novas vagas em junho, os setores da Indústria (+1.225 vagas) e de Serviços (+1.125). No primeiro, o resultado de junho interrompe três meses seguidos de queda e perda acumulada  de 2.264 vagas perdidas. Já no caso  dos  Serviços, o setor já tinha assinalado uma ligeira melhora em maio (+198) depois dos desempenhos devastadores de março (-356) e abril (-3.383). Outro setor que anotou saldo positivo em junho, porém de forma mais tímida, foi  o da Agropecuária, com incremento de 515 novas vagas formais.

Na outra ponta, o grupamento do Comércio,  foi o único que manteve o ritmo de perda de vagas for mais. No entanto, a redução de 589 vagas formais em junho foi, disparadamente, a menor dos últimos meses de pandemia. Em maio, as perdas deste setor foram de 2.243 postos. Em abril, foram ceifadas 3.502 vagas formais e, emmarço, outras 1.373.

Na análise dos municípios paraenses, Parauapebas surge como o principal gerador de empregos formais no Pará no mês de junho, com saldo de 1.930 novas vagas. O município anotou no último mês  3.443  contratações e 1.450 desligamentos. Bem atrás, nas posições seguintes aparecem Canaã dos Carajás (290), Pacajá (270) e Barcarena (252). A capital paraense surge na quinta posição, depois de três meses seguidos de eliminação de vagas. Belém  teve 5.175 admissões e 4.926 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 249 novos postos.

N o o utr o e x t r e m o, Santarém, Tucuruí e Castanhal mantiveram a dificuldade de recuperar as vagas formais, com respectivas reduções de pos- tos de trabalho: -178, -139, -79. Depois despontam as quedas dos municípios de Rondon do Pará (-59), San- ta Isabel do Pará (-51) e de Ananindeua (-38). Números melhores em junho

Em todo o País, junho teve 16% menos desligamentos (166.799)  e24% mais admissões (172.520) do que maio. Com isso, o saldo do mês ficou negativo em 10.984 vagas, número inferior ao registrado em maio (-350.303). Em junho, foram 895.460 admissões e 906.444 desligamentos. Em maio, os números foram 722.940 e 1.073.243, respectivamente. No geral, 17 Unidades da Federação (UFs) anotaram saldo positivo de empregos em junho, sendo os melhores resultados, em valores absolutos, foram o Mato Grosso (6.790), o Pará e o Mato Grosso do Sul (4.334). Na outra ponta, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram as principais reduções mensais, -16.801 e -13.299, respectivamente.

Das cinco regiões do País, apenas Centro-Oeste (10.010), Norte(6.547) e Sul (1.699) registraram saldo positivo das vagas formais em junho.

Fonte:O Liberal Digital

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