Mercado imobiliário na pandemia. Mais de 80% no Pará fecharam negócios

Postada em: 11/09/2020

Retomada - Empresas do setor de imóveis no Estado comemoram as vendas

Mesmo que a pandemia ainda não tenha acabado, o mercado imobiliário no Pará dá sinais de retomada, já que 82% dos empresários do setor afirmam ter fechado negócios entre março e agosto, o que coloca o estado levemente acima do resultado nacional (81%) no quesito. É o que afirma a pesquisa “4ª Onda/ Covid-19: Impactos e desafios para o mercado imobiliário”, divulgada na quinta-feira (10) em transmissão ao vivo realizada pela empresa Brain Inteligência Estratégica e o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), que encomendou o estudo. Foram entrevistadas 24 empresas, entre os dias 15 e 25 de agosto. No Pará, a quarta edição do levantamento, feito pela primeira vez em abril, escutou empresas dos setores da construção civil (88% dos entrevistados), de incorporação imobiliária (55%), administração de imóveis (8%), urbanismo (4%), serviços de engenharia (29%) e serviços de arquitetura. Para que o cenário total do mercado fosse visualizado de forma mais completa, foram escutados também 164 consumidores, das regiões Norte e Nordeste, entre os dias 10 e 20 de agostos. Destes, 46% afirmaram que têm intenção de adquirir imóveis nos próximos dois anos. Nacionalmente, a estatística aponta que o percentual com a mesma intenção é de 40%.

O presidente do Sinduscon, Alex Dias Carvalho, destaca que o resultado do levantamento surpreendeu até os próprios representantes do segmento, já que a chegada da covid-19 paralisou o setor no início do ano, com o regime de lockdown (bloqueio de emergência). “Se havia alguma dúvida de que o mercado imobiliário poderia iniciar uma retomada em V, em grande velocidade, isso agora está comprovado. Cerca de 83% dos empresários escutados no Pará afirmam que o mês de agosto trouxe um bom rendimento. E, por outro lado, os consumidores também afirmam que pretendem comprar. Acho interessante que a pesquisa tenha escutado os dois polos, para que a gente tenha uma noção real do que temos pela frente”, analisa.

Para Alex Carvalho, no entanto, os empresários sabem que não é possível concretizar uma retomada segura sem que outros setores também ajam de forma a impulsionar o crescimento. Segundo ele, a indústria produtora dos chamados insumos do segmento, os materiais de construção, parecem não ter preparado um planejamento para o novo momento.

BELÉM

Claubert Barreto, consultor da Brain e um dos responsáveis pelo estudo diz que as expectativas para Belém, especificamente, são favoráveis. “O estoque na cidade está extremamente equacionado. A demanda reprimida verificada ao longo dos últimos meses face aos poucos lançamentos sugere espaço para lançamentos de produtos novos e adequados para novas tendências e cenários econômicos”, anuncia.

Por Abílio Dantas - Jornal O Liberal

Fonte:Jornal O Liberal

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