Alta de material de construção entra na mira do governo contra inflação

Postada em: 14/09/2020

Após zerar o imposto de importação do arroz para ajudar a reduzir a pressão inflacionária, o governo federal avalia agora medidas voltadas aos materiais de construção, caso os preços não voltem a patamares considerados razoáveis até o final deste ano.

Desde o fundo do poço da pandemia em maio, os insumos da construção registraram altas enquanto o setor esboça uma retomada. Em agosto, o tijolo subiu 9,32% depois de uma alta de 4,13%, em julho. Com o cimento, os preços se elevaram 5,42% no mês passado ante 4,04%, em julho.

A Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, está monitorando o sobe e desce de preços com atenção. Para o órgão, a alta ocorre no momento em que diversos setores, principalmente a construção civil, dão sinais de uma recuperação em “V”, quando há uma queda brusca da atividade econômica com alta na mesma intensidade.

Depois de móveis e eletrodomésticos, as vendas de materiais de construção foram as que registraram maior crescimento, 22,7% em relação a agosto do ano passado, segundo pesquisa de comércio do IBGE. Entre julho e agosto deste ano, a inflação da construção civil divulgada pelo Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), saltou de 3,33% para 3,78%.

Pesquisa recente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) com 462 empresas de 25 estados aponta que 95% delas verificaram aumento no preço do cimento e 90%, no de cabos elétricos. No caso do concreto, 81% perceberam alta de preço durante a pandemia. E em bloco cerâmico, 75%.

 

Por Folhapress

Fonte:https://www.tribunapr.com.br/noticias/economia/apos-arroz-alta-de-material-de-construcao-entra-na-mi

Cadastre-se para receber o nosso clipping eletrônico