O 10° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua revelou que o terceiro trimestre de 2020 foi o melhor de vendas, desde 2018

Postada em: 26/11/2020

Foi divulgado na noite da última terça-feira, (24), o 10° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), com apoio da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PA). A pesquisa entregou os dados referentes ao terceiro trimestre deste ano relacionado ao mercado imobiliário que indicou o maior crescimento de vendas desde janeiro de 2018.

De acordo com o censo, as vendas no mercado imobiliário de Belém e Ananindeua refletem uma recuperação das quedas que o setor apresentou no segundo trimestre de 2020, em razão da pandemia do novo coronavírus, mas ainda assim, o crescimento é muito pequeno, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2019, foram lançadas 976 unidades, enquanto que este ano foram lançadas apenas 256. O mesmo comparativo mostrou que o crescimento do terceiro trimestre em comparação ao segundo foi superior a 300%, entretanto, esse valor se dá, de fato, com aumento de 196 unidades habitacionais. 

Fábio Tadeu, sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, empresa que realizou a pesquisa, comentou estes dados. “Durante o período de três anos, a maior fase de vendas nas cidades de Belém e Ananindeua aconteceu entre julho e setembro de 2020. Isso é um grande destaque, considerando não apenas a pandemia, porque o Brasil inteiro está vendendo bem, mas o fato de não termos tido praticamente lançamentos este ano. O terceiro trimestre foi melhor que o segundo, mas ainda assim, muito pior em termo de lançamento comprado ao mesmo período do ano passado, ou seja, quando não tem lançamento é mais difícil de vender e este aumento muito intenso das vendas é um sinal muito positivo de que os moradores de Belém e região Metropolitana estão com apetite grande para compras de imóveis e abrem oportunidades para as incorporadores da região aumentarem o volume de lançamentos neste final de ano e começo de 2021”, disse Tadeu.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), Alex Carvalho, explicou uma das razões para o crescimento do mercado imobiliário. “Existe uma evolução no volume de vendas, ocorridas neste trimestre, o principal motivo está ligado a redução das taxas de juros, mas também podemos considerar que a pandemia do coronavírus criou uma necessidade maior das pessoas em investirem na compra de imóveis, sob o aspecto de melhoria da qualidade de vida dentro dos seus lares. Medidas de facilitação do acesso ao crédito imobiliário adicionalmente contribuíram neste mesmo sentido, comentou Alex.

O censo demostrou que no terceiro trimestre deste ano, as compras de unidades habitacionais foram superiores ao quantitativo de lançamento de imóveis. Entre julho a setembro, foram lançadas 228 unidades verticais e vendidas 518 unidades. Representando que os estoques das incorporadoras e construtoras também estão sendo adquiridos.

O presidente do Sinduscon-PA comentou que o gargalo gerado pelo excesso de burocracia causa a demora de lançamentos, vimos que bastou um tímido aumento nas vendas para que houvesse uma redução significativa de estoques, sendo assim, na falta de oferta teremos elevação dos preços dos imóveis. “O que alertamos é que haja realmente uma conscientização maior do setor público quanto a necessidade de reduzir significativamente o prazo de análise e liberação dos empreendimentos novos, porque o que tá demonstrado é que demanda tem, existe o escoamento fluido das vendas, porém um represamento na reposição de oferta”, disse.

Alex também falou sobre os desafios que o setor ainda enfrenta para manter o crescimento. “O baixo crescimento do nosso mercado está cada vez mais evidente do se comparado a outras capitais, a começar pelas nossas vizinhas, inclusive. O quanto deixamos de gerar empregos, impostos, o incremento na economia local é algo que urge uma reflexão disruptiva, firme e responsável. Todas essas travas burocráticas estão levando Belém a ficar cada vez mais pra trás, e não é o desejamos para a nossa cidade”, comentou.

Além disso, segundo o Sinduscon-PA, a alta de preços dos materiais de construção, acima do esperado, reflete no andamento dos lançamentos futuros que certamente impactará os resultados do próximo censo imobiliário. “Temos um cenário muito preocupante e recentemente tivemos sucessivos aumento de preços dos materiais de construção, muito acima do que pudesse ser absorvido, até mesmo pelos clientes. Isso pode impactar os resultados do próximo trimestre, mas o fato é que fica o alerta é que esses outros agentes têm uma interfase do mercado imobiliário fiquem atento a necessidade de mudança imediatas, necessidade de modernização de todos os processos para que o nosso mercado não fique para trás”, declarou o presidente Alex.

O 10° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua contou com o apoio da Federação das Indústrias (FIEPA) e da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PA), com organização do Senai e da Câmara Brasileira da Indústria (CBIC).

Por Débora Barbosa

Assessoria de Comunicação
Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

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