2020 apresenta maior aquecimento no mercado imobiliário de Belém e Ananindeua

Postada em: 23/02/2021

Foi divulgado o 11° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua, com os resultados do quatro trimestre de 2020. O estudo demonstrou crescimento, em unidades vendidas, de mais de 200% em comparação ao mesmo período de 2019. 

Mesmo em um ano atípico, com restrições e com o mercado econômico inseguro, o ano passado representou para o mercado imobiliário alta nas ofertas e o crescimento de 106,4% em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano. 

Em contrapartida do crescimento de demanda de compras, o número de unidades habitacionais lançadas caiu. No quarto trimestre de 2020 foram vendidas 1513 unidades, enquanto o quantitativo de lançamento foi equivalente a 674.  A baixa de demanda de unidades lançadas se traduz no aumento dos insumos de materiais de construção e na burocratização das liberações de obras, segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria, Antônio Valério Couceiro. 

“Quanto à burocratização, isto é um problema muito sério que nós temos no Brasil. Mas falando especificamente de Belém, é muito difícil aprovar uma obra de grande porte, isso atrasa muito. Nós temos 11 órgãos para autorizar um edifício, o que leva de 8 a 14 meses para aprovação de alvarás, o que é um absurdo tendo em vista toda a facilidade eletrônica”, declarou Antônio Couceiro. 

A alta nos insumos de materiais de construção também influencia nos lançamentos e nos preços entregues para os consumidores. 2020 apresentou crescimento acima do esperado nos produtos básicos para obras. Tubos e conexões apresentaram alta de 41,1%, enquanto o cimento cresceu 26,7%.

Segundo o Antônio Couceiro, a expectativa para 2021 é de mais lançamentos e de um maior aquecimento do setor para Belém e Ananindeua. “A venda do quarto trimestre foi maior pois tivemos poucos lançamentos este ano. Com a pandemia, as empresas seguraram os lançamentos, mas tinham estoques a vender. Então, esses lançamentos ainda não se concretizaram, estão começando agora, mas o estoque antigo está sendo vendido. Os lançamentos vão começar a ser mostrados agora no primeiro e segundo trimestre de 2021”, disse o vice-presidente.

Levantamento nacional

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o principal problema enfrentado por empresários do setor no 4º trimestre de 2020 foi a falta ou o alto custo de matéria-prima, com 50,8% das assinalações. De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, a alta nos preços dos materiais em 2020 foi de 19,60%, a maior do período pós-real. Alguns insumos chegaram a registrar aumentos superiores a 50% no período.

Os financiamentos imobiliários atingiram o quantitativo recorde em 2020 (R$ 177 bilhões), com recursos da poupança (SBPE) crescendo 58%. Porém, os financiamentos via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caíram 5% no mesmo período.

A região Norte foi a que apresentou, na comparação com 2019, maior lançamento de imóveis a nível nacional (760 unidades), com 64,8% de crescimento. Já as regiões Sul e Sudeste demonstraram queda, de -28,9% e 9,3% respectivamente. De modo geral, na confrontação com 2019 os lançamentos de imóveis (61.274 unidades) no 4º trimestre de 2020 apresentaram uma queda de 7,1%. 

Os dados fazem parte do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 4º trimestre de 2020. Realizado desde 2016 pela CBIC e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. O trabalho foi divulgado durante coletiva de imprensa realizado pela CBIC nesta segunda-feira (22/02).

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Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

Assessoria de Comunicação

Por Débora Barbosa

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