Belém e Ananindeua apresentam melhor crescimento imobiliário no primeiro trimestre desde 2018

Postada em: 28/05/2021

Na última quarta-feira, (26), foi divulgado o 12° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA). A pesquisa entregou os dados referentes ao primeiro trimestre deste ano, relacionado ao mercado imobiliário, que indicou os melhores resultados no número de vendas, nos últimos 4 anos.


O primeiro trimestre de 2021 apresentou 347 unidades lançadas, enquanto que, no último trimestre de 2020, o quantitativo foi de 1.179. Essa redução já era esperada, considerando que, nos primeiros três meses do ano, as receitas financeiras estão mais comprometidas, chegada do período invernoso e outros fatores que comumente minimizam os lançamentos. 
 

O presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, explica essa retração. “Os dados do primeiro trimestre de 2021, que são referentes ao mercado imobiliário da região metropolitana de Belém, apontaram o que naturalmente ocorre nos últimos anos, uma certa normalidade, comparativamente ao último trimestre de 2020. Houve uma redução no volume de vendas, o que era esperado, entretanto a análise mais ampla que se faz é de uma consolidação do crescimento  do mercado imobiliário da região metropolitana de Belém. Em quatro anos de pesquisa, nós já temos apurado um acréscimo no volume de negócios, hoje atingimos um patamar superior a 500 milhões de reais”, declarou. 
 

Outro motivo da regressão de lançamento imobiliário, citado pelo presidente do Sinduscon-PA, se deve aos altos preços dos materiais de construção. “Estamos enfrentando uma disparada de preços dos insumos dos materiais, isso de certa forma, interfere muito forte no poder decisório das incorporadoras de lançarem novos empreendimentos, tendo em vista o desequilíbrio causado pela alta de preços. Não há como repassar esses valores para os compradores, na mesma proporção, pois a renda, obviamente, não aumentou, nos mesmo percentual que grande parte dos fornecedores de materiais aplicaram nos últimos 12 meses’’, disse. 

Ainda segundo o presidente, no início de 2018, o mercado imobiliário não chegava ao patamar de 200 milhões, valor que foi ultrapassado, mesmo em cenário de crise. “Quando iniciamos esta série histórica não chegamos nem a 200 milhões, ou seja, mostra um crescimento do mercado imobiliário, que ainda enfrenta grandes dificuldades, como a pandemia, que impactou muito, tivemos também intercorrências de ordem estruturantes, políticas, programas habitacionais que ainda estão em transição”, comentou.

No demonstrativo de vendas, o Censo mostrou que janeiro, fevereiro e março foram vendidas 919 unidades, entre comerciais e habitacionais. Este dado, comparado ao mesmo período de 2020, mostrou um crescimento de 162%.

Para Fábio Tadeu, sócio-diretor da Brain Inteligência, empresa responsável pelo estudo, estes dados são extremamente positivos. “Tanto em termos de lançamento, quanto em termos de vendas, este bom resultado segue o melhor segundo trimestre na história de Belém do Pará, que ocorreu ano passado. Então, podemos dizer que os últimos 9 meses foram muito bons para o mercado imobiliário da cidade”, falou.

 

Fábio ainda comenta a receptividade para novos lançamentos. “Um grande destaque para os produtos econômicos, como casa verde e amarela, quanto, em especial, para produtos que chamamos de padrão standard, que vão até 400 mil reais, estão com as vendas quase que desprezíveis, demonstrando clara oportunidade para novos lançamentos”, disse. Para ele, o preço dos insumos pode ser prejudicial para esta crescente. “O maior aumento dos insumos, como aço, cimento e fios dos últimos 28 anos, está acontecendo nos últimos 12 meses, e isso preocupa o setor, porque agora que o mercado imobiliário de Belém e Ananindeua estão se desenvolvendo muito positivamente, pode acabar sofrendo uma recessão pela dificuldade que as empresas terão em entregar novos projetos no mercado”, comentou.
 

Para o presidente Alex Carvalho, o momento agora é de análise e trabalho. “Vamos continuar nesse ritmo, vamos trabalhar e aguardar os próximos resultados que vão ajudar muito as empresas a continuarem acertando em novos lançamentos, entendendo melhor o mercado. isso é fruto de um trabalho de muita qualidade que temos a honra de participar, junto com a Câmara Brasileira da Indústria (CBIC), o sistema S (Sesi-Senai) e a Federação do Estado do Pará (Fiepa) como apoiadores”, concluiu.

Por Débora Barbosa

Assessoria de Comunicação
Sindicato ds Indústria da Construção do Estado do Pará

 

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